quando as folhas caírem nos caminhos,
ao sentimentalismo do sol poente,
nós dois iremos vagarosamente
de braços dados, como dois velhinhos.
e que dirá de nós toda essa gente
quando passarmos mudos e juntinhos?
- como se amaram esses coitadinhos!
- Como ela vai, como ele vai contente!
e por onde eu passar e tu passares,
hão de seguir-nos todos os olhares
e debruçar-se as flores nos barrancos...
e por nós na tristeza do sol posto,
hão de falar as rugas do meu rosto
e hão de falar os teus cabelos brancos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário